A otoplastia masculina está entre as cirurgias plásticas mais procuradas pelo público masculino.
De forma geral, a demanda por cirurgia plástica pelos homens aumentou sensivelmente nos últimos anos, algo impensável há bem pouco tempo.
Em um publicação de 2019, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em sua sede de Santa Catarina, já constatava que “nos últimos cinco anos, o número de pacientes homens em consultórios de cirurgia plástica passou de 72 mil para 276 mil a cada ano (uma média de 31,5 procedimentos por hora). Hoje, eles já são cerca de 30% do total de pessoas que realizam cirurgia plástica no Brasil.”
Neste artigo vamos examinar os motivos para essa mudança de cenário e, por fim, deixaremos um guia com orientações para homens ao buscarem a otoplastia.
A otoplastia masculina e a valorização da estética pelos homens
Vivemos em mundo no qual a atenção dada à aparência ainda é praticamente exclusiva das mulheres.
No entanto, essa mentalidade vem mudando e a chamada indústria da beleza, aos poucos, vai deixando de se restringir ao público feminino.
Certamente há razões mais profundas por trás dessa transformação e elas não são apenas uma preocupação superficial com o corpo.
A expectativa de vida em nossos dias é muito maior, portanto, esse “tempo de vida a mais” provoca mudanças de atitudes e de comportamento.
Assim, os homens descobriram que valorizar a estética também lhes pertence e eles podem, sim, procurar sentir-se bem com seu corpo, cultivar a autoestima e conquistar uma qualidade de vida melhor.
Com efeito, em relação ao nosso tema, a busca pela otoplastia masculina cresce exatamente porque orelhas em desarmonia com o rosto e a cabeça são uma fonte de grande insatisfação, acentuada pelas diversas formas de bullying.
Compreensivelmente, a nossa sociedade, ao privilegiar o uso de cabelos curtos para homens, deixa-os ainda mais vulneráveis emocional e socialmente quando a malformação de suas orelhas fica muito em evidência.
Ademais, cabe ressaltar a importância da otoplastia masculina desde cedo, quando meninos portadores, por exemplo, das orelhas proeminentes, também conhecidas como orelhas de abano, são alvo fácil das brincadeiras de seus coleguinhas.
Se acaso o menino não passou pela correção de suas orelhas, chegará à idade adulta escondendo-as com bonés ou, eventualmente, deixando crescer seu cabelo.
Consequentemente, o isolamento social é uma realidade para adultos e jovens adultos em tais condições, prejudicando suas relações pessoais e de trabalho, cerceando-lhes a participação em atividades como diversão, viagens e até mesmo afetando-os em seus relacionamentos mais íntimos.
Dessa forma, a mudança de padrões estéticos entre os homens é muito bem-vinda e a otoplastia masculina permite-lhes resgatar a autoestima e a autoconfiança.
Guia com orientações para homens em relação à otoplastia masculina
Sem dúvida, existem diferentes tipos de malformação das orelhas e o cirurgião plástico orientará o paciente em suas características únicas.
No entanto, cerca de 5% da população brasileira é portadora de orelhas de abano, sendo imprescindível um olhar cuidadoso para com essas pessoas.
Em termos de porcentagem esse índice pode até parecer insignificante, mas os meninos, rapazes e homens adultos com orelhas proeminentes merecem receber um tratamento adequado.
Nesse sentido, seguem algumas orientações e informações relevantes para homens que desejam realizar a otoplastia masculina.
Qual a idade ideal para a realização da otoplastia masculina
Não existe idade ideal nem idade máxima para a realização dessa cirurgia.
Ao contrário, existe uma idade mínima, ou seja, a partir dos 6 anos a criança já pode se submeter à otoplastia e, assim, proporcionar-lhe um desenvolvimento sem traumas.
Sobre otoplastia masculina e feminina
A otoplastia masculina não difere da feminina. O procedimento é o mesmo em ambos os casos.
Contudo, o cirurgião levará em consideração as características faciais, os padrões existentes e as expectativas pessoais caso a caso.
A importância da clareza em relação às expectativas
Antes de se decidir pela otoplastia é muito importante a pessoa ter certeza dos seus objetivos e ter clareza em relação às expectativas após a cirurgia.
De um lado, é preciso avaliar o grau da malformação e do desconforto que ela provoca no paciente. De outro, é preciso ter expectativas realistas em relação ao alcance da cirurgia.
Buscar um cirurgião plástico competente
Por certo, somente um cirurgião plástico competente poderá auxiliar o paciente na direção correta, sempre partindo do quadro atual, dimensionando tanto a malformação em si quanto seus efeitos psicológicos e emocionais.
Outrossim, recomenda-se cuidado na escolha do cirurgião, procurando conhecer sua experiência e as condições em que ele trabalha, em que hospital realiza as cirurgias.
Infelizmente, o aumento da demanda por cirurgia plástica entre homens também gera uma oferta de tratamento por vezes nem sempre seguro e confiável.
Informar-se sobre os cuidados pré e pós-operatórios
Quando o cirurgião confirma a cirurgia, o paciente deve abrir um espaço em sua agenda para garantir as melhores condições para o período anterior, mas sobretudo para o pós-operatório.
Afinal, ele está prestes a realizar a tão desejada mudança na aparência não apenas de suas orelhas, mas de seu rosto. Uma nova vida o espera, com autoestima e autoconfiança renovadas.
Informações finais
A otoplastia, em geral, é um procedimento cirúrgico tranquilo, com duração aproximada de duas horas, a anestesia é local e o paciente fica internado no máximo por 24 horas.
As cicatrizes são imperceptíveis, pois as incisões ficam na parte de trás das orelhas.
Após a cirurgia o paciente deve fazer repouso por 5 dias e usar uma faixa para proteger a área operada.
O cirurgião retira os pontos em torno de dois dias após a cirurgia.
Entre 5 e 7 dias já é possível observar cerca de 80% dos resultados desejados.
Para mais informações sobre otoplastia masculina, agende um horário com o Doutor Marcelus Nigro.
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Dr. Marcelus Nigro
Formado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, atua com foco em Cirurgias Palpebrais e Orbitais em que foi aprovado em 1º lugar no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo e, na mesma instituição, foi aprovado no Programa de Doutorado em Cirurgia Plástica e recebeu o grau de Doutor. É membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), CRM 16678 / RQE 12332. Atualmente, é Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e Queimaduras do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie e Professor na Faculdade de Medicina Mackenzie de Curitiba, realiza seus atendimentos em Clínica própria nas Mercês e opera na Clínica Los Angeles e no Hospital Evangélico Mackenzie de Curitiba.