Blefaroplastia superior e inferior: qual é a diferença? – essa é uma das perguntas que os pacientes fazem ao chegar ao consultório de um cirurgião plástico.
E há importantes razões para essa indagação.
A nossa comunicação com o mundo exterior se dá, em grande parte, através dos olhos e do nosso olhar.
De um lado, enxergamos o que está à nossa volta e, de outro, transmitimos às demais pessoas o que está em nosso interior.
Entretanto, algumas causas físicas podem prejudicar essa comunicação.
Elas podem estar em toda a região em volta dos olhos ou em partes dela e, para corrigi-las, o cirurgião plástico optará pela blefaroplastia superior ou inferior. Poderá, ainda, decidir-se por realizá-las simultaneamente.
É o que veremos neste artigo.
Pálpebra superior e pálpebra inferior
Qual é a função das pálpebras?
As pálpebras têm três funções principais – protegem os olhos de eventuais impurezas; regulam a intensidade de luz que chega até os olhos; distribuem a lágrima em toda a superfície do olho quando piscamos, hidratando-o.
Além disso, elas são responsáveis pela forma como nos expressamos através do olhar.
As pálpebras se localizam na parte superior e na parte inferior dos olhos, como dobras finas e delicadas de pele e músculo.
Dessa forma, temos as pálpebras superiores e as pálpebras inferiores.
A pálpebra superior tem muito mais mobilidade do que a inferior e ela recobre todo o globo ocular ao se fechar.
Blefaroplastia superior e inferior: qual é a diferença?
No entanto, ao longo da vida, podem aparecer alguns fatores que prejudicam o funcionamento natural das pálpebras, ocasionando tanto alterações estéticas, ou seja, mudanças na aparência dos olhos, quanto funcionais, quando prejudicam a visão.
Essas alterações podem ocorrer tanto nas pálpebras superiores, quanto nas inferiores, em um dos olhos ou nos dois, e o cirurgião plástico as corrige com a cirurgia conhecida como blefaroplastia.
Caso a cirurgia seja feita na pálpebra superior, temos a blefaroplastia superior.
Ao contrário, quando a correção é feita na pálpebra inferior, realiza-se a blefaroplastia inferior.
De forma geral, a diferença entre blefaroplastia superior e blefaroplastia inferior reside nos tipos de alteração mais comuns em uma e em outra, como veremos a seguir.
Acima de tudo, os resultados serão sempre a melhora no estado geral dos olhos do paciente.
Blefaroplastia superior
Neste procedimento, o cirurgião plástico retira o excesso de pele ou de flacidez das pálpebras superiores, que formam dobras, causando uma aparência cansada.
Também permite remover o excesso de gordura que dá, ao paciente, o aspecto de inchaço nessa região dos olhos.
Contudo, vale ressaltar que não se trata apenas de uma questão estética. Esse excesso de pele pode afetar a visão.
Blefaroplastia inferior
Além do excesso de pele, é comum acontecer a formação de bolsas de gordura nas pálpebras inferiores.
Assim, a cirurgia, nesse caso, remove ou reposiciona o excesso de pele e gordura, retira as bolsas e as rugas finas.
Igualmente, o cirurgião pode utilizar essa técnica para corrigir a queda das pálpebras inferiores, um processo que, em geral, ocorre com a idade.
Evidentemente, o resultado também será um ar mais jovial e alerta e uma melhora no campo visual.
As duas cirurgias podem ser feitas simultaneamente?
Vale ressaltar que tanto a blefaroplastia superior quanto a inferior podem ser realizadas separadamente ou em conjunto.
Quando se opta pela realização simultânea das duas cirurgias, em geral o resultado é excelente, uma vez que a intervenção ocorre em toda a região dos olhos.
Tudo depende das necessidades e desejos do paciente.
Entretanto, somente o cirurgião plástico qualificado pode avaliar as condições gerais da pessoa, as características de sua face e, dessa forma, definir a abordagem mais adequada para cada caso.
Quem pode fazer blefaroplastia?
Homens e mulheres podem se submeter à blefaroplastia, tanto a superior quanto a inferior.
No entanto, não há uma idade adequada para a cirurgia porque as alterações nas pálpebras mencionadas acima podem ocorrer seja em pessoas com mais idade, em decorrência do próprio envelhecimento, seja nas mais jovens, como é o caso da pálpebra caída ou ptose.
Uma terceira opção: blefaroplastia superior, inferior e lifting de supercílios
O excesso de flacidez presente nas pálpebras também pode ocorrer na região das sobrancelhas, provocando sua queda, dando à pessoa uma aparência de cansaço e tristeza.
Para que o rejuvenescimento seja ainda mais completo, quando o paciente apresenta o quadro de flacidez nessa região, o cirurgião plástico pode indicar a realização concomitante dos três procedimentos – blefaroplastia superior, inferior e lifting de supercílios ou levantamento de sobrancelhas.
As causas para a perda da condição natural das sobrancelhas podem ser, além do envelhecimento, o excesso de peso ou mesmo heranças genéticas do paciente.
Tempo de duração da blefaroplastia
Como visto anteriormente, é possível a realização da blefaroplastia superior em separado da inferior ou as duas simultaneamente, além do fato de o cirurgião optar ou não pelo lifting de supercílios.
Além disso, ele levar igualmente em conta, as particularidades de cada paciente.
Em consequência, o tempo da cirurgia é de aproximadamente duas horas.
A cirurgia em si é de baixíssimo risco, o paciente permanece no hospital no máximo 24 horas, e as cicatrizes ficam imperceptíveis no caso dos três tipos de intervenção – blefaroplastia superior, blefaroplastia inferior e lifting de supercílios.
Concluindo, a blefaroplastia é um procedimento seguro que proporciona, ao paciente, melhorias em sua aparência e em sua qualidade de vida.
Ainda tem dúvidas sobre a diferença entre blefaroplastia superior e inferior?
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Dr. Marcelus Nigro
Formado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, atua com foco em Cirurgias Palpebrais e Orbitais em que foi aprovado em 1º lugar no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo e, na mesma instituição, foi aprovado no Programa de Doutorado em Cirurgia Plástica e recebeu o grau de Doutor. É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), CRM 16678 / RQE 12332. Atualmente, é Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e Queimaduras do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie e Professor na Faculdade de Medicina Mackenzie de Curitiba, realiza seus atendimentos em Clínica própria nas Mercês e opera na Clínica Los Angeles e no Hospital Evangélico Mackenzie de Curitiba.